Tenteando o Ser

Não tenho necessidades muitas,
para falar a verdade,
pela manhã, um bom dia e um mate,
já fazem a vez.

não sou galã de novela, nem ninguém que o valha pela perfeição,
sou perdido em dissabores, como abelha tonta em doçaria.

de mim restam usuras brandas,
como fadiga precoce,
caibo mais em reflexo de lata,
e meu pensar no universo.

um dia tive algo, que me emprestou rios de charlas,
hoje nada possuo e mo sobram cismas de outrora,
porém não perdi os rios, nem a esperança.

mas tento, tento, tento,
pois tentear no sul não custa, é de graça.

sei que chegará a hora, onde o vero toma tento,
e não há como escapar,
todos passaremos pela crivo mental dos impropérios.
e nesta hora, sobraremos nós,
salivando orvalhos frescos,
donde colibris sorverão futuros.

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