A cada dia que
passa, as velas apagam-se,
os almudes esvaziam-se,
os almudes esvaziam-se,
as peneiras falam
brisas de ocas que ficam,
o pingo da torneira
emagrece e cansa de cair,
as conchas desterram-se no chão com as chuvas soslaias,
as teias não mais
se regeneram por falta de fios,
as folhas com medo
de cair, secam-se nos galhos e lá apodrecem vis,
os bojos ficam
cadafalsos,
o sussurro se
priva,
os olhares se calam
de substância,
os corpos se
afastam,
as mão se
olham,
e o coração ...
e o coração ...
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