Um homem seguia só,
dificilmente só, de pai recém morto.
Enquanto seguia assim só,
deparou-se com ela.
Muda-se de cidade, e lá mais uma vez traído,
dificilmente só, de pai recém morto.
Enquanto seguia assim só,
deparou-se com ela.
Ela sem pretensões,
que não, acender um cigarro,
tomar uma cerveja feita em casa,
e seguir tingindo tecidos em fogo de lenha.
Ele que não era tão tolo,
acreditou que ela era de verdade.
acreditou que ela era de verdade.
Que sua mente, sua boca e suas ações, eram as mesmas.
Assim sendo apaixonou-se.
Ela que não era tão tola,
aproximou-se dele,
aproximou-se dele,
que tinha a mente, a boca e as ações, em consonância com a alma.
Mas nem sempre era possível agradar a alma,
Mas nem sempre era possível agradar a alma,
o mundo tinha vilezas demais para qualquer alma aquietar-se e contentar-se.
E uma série de traições foram se desenrolando e desvelando,
ela traiu-o, como era previsto.
Assim como seus amigos e família.
E num arroubo de pré insanidade,
ou lucidez,
ele procura alguém do ramo pra lhe ajudar,
Assim como seus amigos e família.
E num arroubo de pré insanidade,
ou lucidez,
ele procura alguém do ramo pra lhe ajudar,
analisar, avaliar, recosturar os trapos rasgados da alma.
Muda-se de cidade, e lá mais uma vez traído,
mas por uma estranha e suas asseclas,
depois de tantas traições próximas, uma dessas é mamão com açúcar pensou,
depois de tantas traições próximas, uma dessas é mamão com açúcar pensou,
e dito e feito tirou de letra,
nada suplanta um gravador à mostra, todo mentiroso corre de um gravador.
No arroubo deste tentar levantar-se,
uma frase de um livro de Gaston Bachelard,
A Poética do Espaço,
... a estética do canto...
...
A Poética do Espaço,
... a estética do canto...
...
...
...
plim...
...
...
acordou
acordou
acordou
acordou do monturo profundo a que se enfiara,
e voltou pra cidade de onde viera,
mas lá,
ninguém compreendera que havia partido pra curar-se,
afastaram-se dele,
denegriram-no
machucaram-no mais e mais vezes.
e de onde partira, também não compreenderam,
e machucaram também,
só pra não perder o hábito.
só pra não perder o hábito.
Então, ele criou algo dentro de si,
que fora de si, parecia tristeza,
mas dentro adoeceu,
perdeu o rumo,
e isolou-se.
pra ser só,
pois só, é que o mundo o queria,
solidão era sua sina,
solitude na visão dos de fora dele.
mas dentro era dor,
só dor,
mas como ter dor sozinho, num mundo tão carente de sangue e suor,
então teve que trabalhar, pra pagar a cura, a dor, o aluguel, a contas, e a solidão.
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