Senti(n)do Vil.

Sentimento estranho este,
Passam-se horas e horas e nada passa,
Fica
Oras, porque?
Será que ainda não estou curado?
Será que não está em mim a cura e estou tentando em vão?
Se mentir é um desvio gravíssimo de conduta e caráter,
O que é mentir pra si mesmo?
O que é não saber se está a mentir pra si mesmo ou apenas fazendo de conta?
Busco em mim, mas que um sentido.
Busco navegar em meus pensamentos chulos e por muitas vezes torpes,
Numa forma de tê-los não crassos a mim mesmo.
Numa forma de não dispô-los, como a mim mesmo, aos outros.
Seguindo a retidão de caráter a tanto falaciada e falecida na comunidade.
Esta retidão que minh'alma pede que exista pelo menos em mínima abundância.
Agora acho você e sei.
Me digas, onde está o sentido disso tudo?
Me digas que sou comum e que me engano por que quero,
Me diga agora que sou um indivíduo falaz,
E então poderei dizer-te,
Que tu é que mentes e que queres me arrastar em sua lama,
Que tu é que me exorta e ao mundo para ser vil,
Que tu é que minas o ser humano, de sua beleza inata.
Vai, indivíduo putre,
Ser vil e ignóbil da raça humana,
Vai, procurar um sentido a sua existência e por fim se mate.
Pois só assim terás sua existência exímio sucesso.
Vá!

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