Inocência

O que é a inocência...
senão a verdade pura, incólume.

Antagonismo da desesperança.

Quando quebrada, nada sobra, nem cacos a se unir novamente.

Tudo de mais precioso que tenho é a inocência.
Como posso então, abdicá-la por qualquer coisa neste mundo?
Se é por ela, que seiva o caminho da esperança.

Nenhum valor deve se sobrepor a outro, causando mágoa,
e este seria o início da reversão do caminho do que é correto.

E se concordássemos em nunca retornar da inocência.
O que adviria desta escolha?
Como poderíamos desestimular esta idéia?
Como poderíamos abandonar às chagas, o belo.

Se for para a conduta correta prevalecer,
Como podemos crer então,
Na falácia, de que um bem pode ser melhor que outro.

Nada quantifica,
Nada qualifica.

Algo melhor predispõe a idéia de algo pior.

Ao olharmo-nos nos olhos, verdadeiramente.
Podemos observar, a verdade pura,
Por mais obnublada que esteja, pelo véu da insanidade da escolha.

Não suportando a verdade pura,
Colocamos tudo de mais precioso a perder,
O que pretendemos então com o não suportar?
Viver para sempre?

A quem enganamos senão a todos a nossa volta e a nós mesmos?!!

Quando escolho a mim (por instrução de de uma livro, outrem ou por mim mesmo)
Levo-me a um super-falso-amor-próprio,
Um Ego mega atrofiado...

..."des...envolver"...

..."des...unir"...

O que, ou quem paga "meus direitos" as minhas regalias?

Em que ou quem, se apóia minha pseudo realidade?

Onde está nosso futuro e a continuação de nosso modo de vida?
Senão nos filhos e crianças que criamos,
Senão nos filhos e crianças que vemos serem criados,
Senão nos filhos e crianças que deixamos de ser, com nossa perda voluntária da inocência.

Espero viver uma vida de abnegação pela inocência.

Se nada quantifica, qualifica ou justifica,
Seria possível, ou se deveria então,
Perder este bem mais precioso por ele mesmo?
Perpetuar a inocência pela inocência?

Enfim,
Se é o amor que move, tudo aquilos que conhecemos,
abdico então meu bem mais precioso...
...a inocência,
pelo amor.

Pois hoje sei,
que é dele que nasce a inocência.

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