... Os sorrisos

Hoje,
Vi a imagem do sorriso abraçado,
Da vida que se fez regozija pelo fato de estar juntos...
... Os sorrisos.
Perfeição na forma informe,
De braços que se abraçam,
De corpos congelados unidos pelo pictórico,
Sem dos terços terem como regra, mas sim a feição plana e feliz.

Onde ou quando se perdeu esta feição?
Onde estará a regra dos terços da felicidade?

Hoje sei,
Que mora na alma a regra.
E a feição se perdera nos medos.

Mas mesmo assim,
Ahhh, feliz,
Feliz de quem pode ter esta imagem congelada,
E ver estes sorrisos abraçados, inda que numa lembrança vaga.

Sempre há o perdão,
Mas perdão não é esquecimento,
E sim clareza de pensamento,
Compreensão.

É, hoje sei...

Que bom, que sei.

Pois me possibilita a redenção.
Me possibilita,
Fragmentar, atomizar os restos daquilo que quebrou,
Para reunir com a flama,
Remoldar uma nova e diferente peça rara,
De elementos tão distintos, porém complementares,
Para novamente preenchê-lo de bom conteúdo,

E novamente unir em abraços e congelar...
... Os sorrisos.

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