Quo Vadis?

Por onde andas, ó viandante deste mundo lúgubre e esquecido de Deus?
Às quimeras?
Oh, estas, mais sábias, já se foram, precavidamente, antes que a tormenta que se avizinha as puzesse a correr cobertas por humilhante derrota e vergonha.
Sim, agora estamos sós.
Nada mais resta que o pranto largado a confessar aquilo que nunca foi dito por voz alguma,
nem escrito pela pena dos mais insanos poetas desconhecidos.

A estes se erga o monumento último esculpido pelo descuido,
este Deus da distração dos momentos intangíveis,
que nos embalam com cantares de um porvir de há muito ultrapassado,
em perfumes desvanecidos pela brisa cruel de um tardio amanhecer borrado pelas lágrimas dos justos.

E ...
o destino...
ora, direis...

o destino...
mera consequência daquilo que não estava por fazer,
necessariamente, enquanto tímido, fátuo e polimorfo.
As retas paralelas não se encontram no infinito mas no papel sobre o qual se debruça o desenhista das utopias,
que se fundem no cadinho das controvérsias abafadas pelo clamor dos enjeitados.
Água benta, é disto que precisamos, urgentemente.

Alemão (vulgo: Carlos Holst)

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