Capítulo 1 - Verão
Perplexa sob nuvens de rabecas aladas,
e clamores ocos de marimbas golpeadas à sorte,
a Consciência GRITA;
seu grito pálido de querer dentre entusiasmos saltitantes.
Pálido...
...pela parca força, que é a razão própria no mundo.
...pela falsa vontade necessária.
...pela equivocada certeza da eternidade de cada dia.
E passa o tempo...
e o tempo passa...
Capítulo 2 - Outono
Ambíguo,
o Pálido se move, do indefinível razoável ao discernível,
como se movem as dunas,
rápidas e desordenadamente.
E como já não pálido,
sem hálito, o sopro da consciência emana.
Emana, erra e tergiversa, discernível...
...pela força, de que algo ultrapassa o limite.
...pela vontade, que falseia e rumina.
...pela certeza, que não mais se engana,
e vislumbra a possibilidade do efêmero,
neste mundo que dói.
Capítulo 3 - Inverno
E foi-se o tempo...
e o tempo foi-se...
Em seu leito, ora borco ora não,
o primata se olha como uma figura distante num cenário mítico,
e espera a morte,
e espera o Beijo...
Indivíduo e consciência se entreolham com afinco, avidez e compaixão,
se conhecem de longa data e jornada,
não há mais como mentir.
Lampejos claros de estupidezes acometidas pelo Ego:
injúrias, falsidades, mentiras, arrogâncias, deslealdades, despolidezes, infidelidades, imprudências, destemperanças, covardias, injustiças, mesquinharias, descompaixão, ingratidões, sobejos, intolerâncias, vilezas, más-fés, absurdidades...
...desamor...
...impurezas anímicas que dão forma a desvirtude.
(culpar o Ego, é vastidão própria de primata ardil)
Após solilóquio profundo,
sua sede do anverso de tudo para si mesmo,
(último arroubo egoico do primata)
ele crocita seu pedido redentor...
- Um beijo.
Quem quer que esteja:
criança, velho, filho ou filha, enfermeira, faxineiro, trocador de lampadas, médico, parteira, cartomante, guarda carros, o limpador de vidros pendente afora da janela, o moribundo como ele no leito ao lado...
nenhum eco,
nada,
e ele percebe...
...nenhum Beijo de Redenção virá.
Já, em silêncio interno,
sua doce companheira Consciência, não consegue se conter,
e sussurra um beijo em seus ouvidos...
-Morre, ser vil.
Perplexa sob nuvens de rabecas aladas,
e clamores ocos de marimbas golpeadas à sorte,
a Consciência GRITA;
seu grito pálido de querer dentre entusiasmos saltitantes.
Pálido...
...pela parca força, que é a razão própria no mundo.
...pela falsa vontade necessária.
...pela equivocada certeza da eternidade de cada dia.
E passa o tempo...
e o tempo passa...
Capítulo 2 - Outono
Ambíguo,
o Pálido se move, do indefinível razoável ao discernível,
como se movem as dunas,
rápidas e desordenadamente.
E como já não pálido,
sem hálito, o sopro da consciência emana.
Emana, erra e tergiversa, discernível...
...pela força, de que algo ultrapassa o limite.
...pela vontade, que falseia e rumina.
...pela certeza, que não mais se engana,
e vislumbra a possibilidade do efêmero,
neste mundo que dói.
Capítulo 3 - Inverno
E foi-se o tempo...
e o tempo foi-se...
Em seu leito, ora borco ora não,
o primata se olha como uma figura distante num cenário mítico,
e espera a morte,
e espera o Beijo...
Indivíduo e consciência se entreolham com afinco, avidez e compaixão,
se conhecem de longa data e jornada,
não há mais como mentir.
Lampejos claros de estupidezes acometidas pelo Ego:
injúrias, falsidades, mentiras, arrogâncias, deslealdades, despolidezes, infidelidades, imprudências, destemperanças, covardias, injustiças, mesquinharias, descompaixão, ingratidões, sobejos, intolerâncias, vilezas, más-fés, absurdidades...
...desamor...
...impurezas anímicas que dão forma a desvirtude.
(culpar o Ego, é vastidão própria de primata ardil)
Após solilóquio profundo,
sua sede do anverso de tudo para si mesmo,
(último arroubo egoico do primata)
ele crocita seu pedido redentor...
- Um beijo.
Quem quer que esteja:
criança, velho, filho ou filha, enfermeira, faxineiro, trocador de lampadas, médico, parteira, cartomante, guarda carros, o limpador de vidros pendente afora da janela, o moribundo como ele no leito ao lado...
nenhum eco,
nada,
e ele percebe...
...nenhum Beijo de Redenção virá.
Já, em silêncio interno,
sua doce companheira Consciência, não consegue se conter,
e sussurra um beijo em seus ouvidos...
-Morre, ser vil.
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