Por vezes...
...muitas delas,
caminho e me perco em pensamentos,
filosofias vagas em minha mente.
Caminhar só,
é trilha sem completude,
onde as ações perdem-se como ondulações num espelho d'água .
Existência é perda?!
Um fato interessante a perda, ou o sentimento dela.
Que mesmo considerando o desapego, por muitos citado como base,
para uma mudança psicológica revolucionária,
e sendo este um grande passo para se evitar dores, ressentimentos,
sobra ainda a pergunta:
"como se desapegar daquilo que lhe traz completude?"
Não seria um revés, que traria a não-existência?
Como livrar-se:
Do ar,
Do brilho matinal nas folhas e orvalhos,
Do canto dos pássaros pela manhã em regozijo, avisando - Ainda estou aqui!
Do cheiro do ente amado.
Neste ponto vou de Krishnamurti,
"Não se trata de aprender o desapego, mas sim de permanecer despertos."
Desperto para o conflito que é gerado dentro de nós,
pois este conflito é o gerador de dor.
Sim ou Não.
A dor não se encontra no sim e no não,
mas no "ou".
O "ou" gera o vazio; a não-existência.
Existir e perder, fazem parte da vida,
assim como,
Encontrar e inexistir.
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