Irmão...
estou hoje, uma pessoa um tanto quanto reclusa,
por conta das porradas da vida, sabe...
Misturo presente, passado e futuro imaginários.
De meus desejos, sobram: detestar falar ao telefone,
e comer uma boa maçã.
Sinto falta de ter gente ao meu lado,
que não está consolidada em bobagens e verdades.
Sinto falta de gente,
de riso,
de música apenas tocada,
de pintar um quadro,
de fumar um cachimbo (quiça um Nirdosh),
de banho de mar.
Creio, que tudo cabe e mais nada cabe.
Ando assim...
de saco cheio, mas das mesmices,
e vazio, das novidades.
Hoje o mundo pra mim,
virou uma cadeia,
então, abandonei ele de pensamentos,
apenas ando por ele a esmo.
Como não tive a sorte de ter filhos...
me reservo um futuro incerto de carinhos,
de companheiras,
fico sempre na esperança de espera vazia,
pois todas enlouqueceram, doidas, doidas , doidas...
irresponsavelmente doidas,
estão mais atentas nas antigas seguridades,
e nas novas artimanhas,
que companheirismos,
então,
olho pra todas com quase desdém,
(ou quase nojo)
Em verdade,
creio que é meu processo de cura que vem,
nesta passagem por ele...
(o processo)
creio que pedaços devem ficar pelo caminho,
sem medos,
apenas uma resignação (gritando de inanição).
Sabe meu amigo,
creio que, a falta que nos faz,
nesta vida de agora,
seja mesmo a simpleza,
do que foi outrora.
(até rimou)
To sem trampo, já tem quase 1 ano,
fazendo bicos vez ou outra de 50 e 100 pilas,
morando de favor num centro espirita,
disso to quase expert,
(de morar de favor, não do centro espirita)
Este mundo não é paraíso,
é só espiação,
ou como diria um amigo meu alemão:
"aqui é o inferno".
Mas creio que no meio disto haja doces e travessuras,
espero que eu seja parte das travessuras,
vero,
por aí,
mas se permitirmos,
(e não vamos),
eles TODOS, e suas narrativas vencem...
eu como bom anarquista que sou,
primo pela liberdade, total e irrestrita, o famoso é proibido proibir.
(mas até o compositor desistiu da sua frase)
Também acho que nem tudo é resolvido na oração e flor,
há maldade no mundo,
e dela, devemos nos livrar,
sem medos de sermos vis também.
A maldade só é maldade, pois perdeu o freio da vileza.
tipo nem ABS, nem tambor,
simplesmente bicicleta, que perdeu o breque ladeira abaixo.
Cara, vai por mim,
deste mal "pandoresco",
(aquele da tal caixa)
não sofro mais,
apenas sigo em frente,
ou meio de lado, de "esgueio", ou soslaio como prefira,
meio no cuspe, meio na cola,
vou seguindo.
E creio que tu devas seguir por aí também este caminho,
caso contrário fica tudo doido e doído demais.
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